quinta-feira, agosto 30, 2012

218 - O dia em que se perdeu uma guerreira

Um dia, citando alguém, disseste-nos que «A diferença fundamental entre um homem e um guerreiro é que o guerreiro encara tudo como um desafio, enquanto o homem comum encara tudo como uma benção ou maldição!!». Curiosamente tu só vias desafios e, com a tua sabedoria, ensinavas-nos a vê-los.
Foi um dos muitos ensinamentos que nos transmitiste de entre tantos que nos passaste e no meio de muitos outros que ficaram por chegar até nós, os teus meninos, a tua equipa...


Ainda me custa a interiorizar o teu fim. Não consigo conceber que aquilo vos aconteceu, daquela forma cruel, nem que vivesse mil vidas.

Dói.
Mói.

E ao contrário do que se costuma dizer, não passa. 


Não era apenas uma relação profissional. Desde o início que não foi. 
Hoje arrependo-me de suavizar as minhas demonstrações de apreço por ti, com medo de cair no exagero. Devia tê-lo feito com a mesma intensidade com que o sentia.

Conhecer-te não foi sorte, nem um gosto. Foi um privilégio, uma honra
Obrigado por tudo.

Fazes-me falta. O teu sorriso, a tua energia fazem falta. Há um espaço vazio que era e será sempre teu.


Sei que tinhas orgulho em mim. No teu «Paulinho das Feiras», como me chamavas, que batalhava em duas frentes com resultados positivos. Quero manter esse teu orgulho em alta.


Ainda hoje me tento convencer que foste de férias, mas que já não voltas. 
Quando voltar a estar contigo quero recomeçar no mesmo ponto em que deveríamos ter ficado: o meu regresso. Eu abro a porta, ponho-te a vista em cima e tu apercebeste que sou eu. Rasgas esse o teu sorriso ao máximo e bombardeias-me de perguntas. «Entãããããããoooo?! Essas vacaciones? Matou a saudadinha toda da mamãe? Recebeu muito miminho? O meu íman? Trouxe o meu íman??».
Ouço-lhes o eco, sem sequer as ter ouvido.
Só tu... 


Até um dia.


Hugz & Kisses
Nobody's Bitcho