Isto é algo que me está atravessado e não sei bem por onde começar. Tenho um professor a quem, se chamar de palhaço, ofendo os restantes palhaços à face do planeta. Sabem aquelas coisas que são más demais para serem verdade? Assim é ele.
Bom, para que haja um enquadramento da coisa:
Eu sou delegado de turma e, como tal, tenho que zelar pelo bem geral. Em fevereiro, no início do semestre, o senhor anuncia que pouco vai respeitar o programa da cadeira para podermos falar daquilo que é a sua área da formação.~Na apresentação dos conteúdos programáticos, a criatura não foi capaz de responder a nenhuma das perguntas colocadas pelos alunos, mostrando falta de preparação e um total desinteresse.
Sendo delegado, tentei agir (o objetivo era mudar o professor, mas não foi possível) e portanto obtive dele o compromisso em esforçar-se para preparar as aulas e ter conhecimento das matérias a abordar. O semestre decorreu com as suas gargalhadas despropositadas e totalmente fora de contexto, muita conversa da chacha e pouca orientação para aquilo que eram os objetivos da unidade curricular.
A avaliação da cadeira era composta por 3 testes.
No primeiro teste, "esqueceu-se" de mais de 40 testes. Tudo ao molho e nada de condições para a realização de um teste. No segundo teste, melhorou a estrutura, mas esqueceu-se de contabilizar o tempo (fê-lo maior do que o tempo disposto), dividiu a turma em 2 turnos. No terceiro teste, finalmente acertou na fórmula: 180 testes + 2 salas para a realização do teste em simultâneo.
Neste terceiro teste, tendo em conta as circunstâncias, podíamos anular a nota do primeiro, se respondêssemos a uma pergunta relativa àquela matéria.
Eu optei por anular o primeiro teste.
Quando as notas são anunciadas, o dito "esqueceu-se" de anular a nota do primeiro teste. Chamei-o à atenção e supostamente corrigiu.
Quando fez o lançamento das notas finais, voltou a "esquecer-se" de anular o primeiro teste. Chamei-o de novo à atenção e corrigiu. Qual não é o meu espanto, quando recebo um e-mail a dizer o seguinte:
Prof. - Viva! Depois de corrigir as classificações nas quais tinha omitido o "desconto" do 1º teste (não introduzi a formula correta no Excel), verifico que lhe acresci um valor. A minha consciência não me fere, dada a sua atividade de excelência como delegado. Para mim tomo como um trabalho pratico da UC, se não vir inconveniente. Claro que se poderia pedir uma 2ª reabertura da pauta, mas isso sería para mim e para a licenciatura algo desprestigiante relativamente à secção de alunos. In any case, a decisão é sua!
(depois de o chamar todos os nomes)
Eu - Estimado, Fico-lhe muito grato pela generosidade, tanto da nota como do elogio. Contudo o meu bom senso apela-me à justiça, pelo que sugiro a atribuição da nota correta. Corrigir a nota não é, nem deve ser, uma decisão minha. Não sou eu que tenho "a faca e o queijo na mão", como se costuma dizer. Isto significa que a decisão final é sempre de quem tem o poder de ativar os mecanismos necessários para repor a situação. Sempre defendi justiça e igualdade de circunstâncias (não só, mas também) nas avaliações, e desta vez não será diferente. E não creio que isso resulte no desprestígio da licenciatura. De qualquer modo, fico a aguardar o feedback da sua decisão. Entretanto, aproveito a ocasião para lhe pedir indicações para o exame de melhoria de nota. Votos de um bom fim de semana :)
Como resposta, recebi um pedido de desculpa para qualquer ferimento à minha sensibilidade ética.
E eu pergunto... SERIOUSLY? ISTO ACONTECEU MESMO? Grrr!!!
Bom... Tinha mesmo de partilhar isto. Agora vou voltar a afundar a cabeça nos livros, que os exames de melhoria estão mesmo à porta!
Hugz & Kisses,
Nobody's Bitcho