240 - Leituras engraçadas #2

Ainda no mesmo livro do post anterior...

Quanto tinha treze anos, o meu pai entrou no meu quarto depois do jantar, estava eu a fazer os trabalhos de casa. Antes que tivesse tempo de pousar o lápis, ele disse-me: - Andas a masturbar-te muito.  - O quê? De que é que estás a falar? - guinchei. - Acalma-te.  Quero lá saber. Ainda bem que tens tempo. Eu não consigo ter um segundo para mim. Mas há duas coisas que preciso que saibas: a primeira é que vou ser eu a tratar da roupa durante os próximos meses, porque a tua mãe vai estar a estudar para o exame da Ordem; e a segunda é que raios me partam se vou chegar ao cesto da roupa suja e apanhar uma toalha que esteja estaladiça como se fosse a porra de um Dorito porque tu a usaste para fazer isso, está bem?

Fitou-me. Eu estava paralisado com o choque e a humilhação.

- Diz «está bem». Preciso de ouvir uma confirmação verbal - disse ele.

- Está bem - respondi, com a voz a falhar-me.

- Obrigado. Agora que já despachámos este triste assunto, parece-me que é uma altura decente para falar de outra coisa - continuou.

- A sério, mas eu não faço isso - interrompi-o.

- Vamos falar como homens ou vou ter de me mudar para a terra dos teus sonhos?

- O que é que ias a dizer, pai?

- É óbvio que tens as hormonas aos saltos como um cachorro com duas pilas. Mas eu não vim aqui para te dar um sermão da treta sobre mulheres. Há três mil milhões delas, e fazer uma generalização que abarque tanta gente com uma afirmação como se fosse um cobertor que as tapasse a todas é a definição de se ser idiota. As mulheres são todas diferentes. Pelo que não tenho conselhos para te dar a respeito delas. Contudo, sinto que tenho qualificações suficientes para te dar alguns conselhos sobre ti mesmo.

A isto se chama uma entrada a matar. O homem é o meu herói! LOL!

Hugz & Kisses,

Nobody's Bitcho