Hello!!
Hoje trago um assunto um pouco mais elaborado, potenciado por um comentário que vi no Facebook a propósito dos resultados das candidaturas ao acesso ao ensino superior.
Basicamente a miúda, em tom de escárnio, parece-me, desejou boa sorte a todos os colocados aos que passarão anos agarrados aos livros para depois acabarem numa caixa de supermercado ou «com sorte conseguem ser funcionários da Zara ou assim», vangloriando-se de ter o 9.º ano, tendo maior probabilidade de empregabilidade.
Bom, eu acho que isto é um mito, até certo ponto.
É claro que ninguém no seu perfeito juízo irá contratar um doutorado para caixa de supermercado, pois parte-se do princípio que será uma pessoa que nunca se comprometerá com a empresa e irá sair à primeira oportunidade e, por isso, será um mau investimento por parte da empresa (e vai daí talvez não).
É verdade que o 9º ano ainda tem muita saída, mas isso é muito fácil de explicar: 90% das vagas de trabalho são para funções pouco qualificadas. No entanto, é preciso acompanhar os tempos: Se há 20 anos as pessoas com a 4ª classe encontravam trabalho com facilidade, hoje deixaram de o conseguir. E o mesmo irá acontecer com quem se fica pelo 9.º ano, pois há cada vez mais pessoas qualificadas e a escolaridade obrigatória também aumentou para o 12.º ano.
Isto significa que entre uma pessoa com o 9º ano e uma pessoa licenciada, na grande maioria das vezes, quem é escolhido para ocupar a vaga é quem tem a licenciatura. Para além de haver uma diminuta probabilidade dessa pessoa querer voltar a estudar (ainda que seja um direito do trabalhador, o facto é que não deixa de ser um custo para a empresa quando os trabalhadores usam o estatuto de estudante). Alem disso, em caso de necessidade, a empresa já terá nas suas pessoas a qualificação que eventualmente precisará.
É verdade que pode ser desmotivador para alguém ter uma licenciatura ir trabalhar para um supermercado ou para uma loja de roupa (ou outra coisa qualquer), mas a médio/longo prazo (depende da qualidade do trabalho da pessoa e também das políticas internas das empresas), é sempre um investimento para progressão de carreira.
Por isso acredito que apostar na formação é uma aposta que nunca será perdida, principalmente se olharmos para ela a médio/longo prazo e na prespectiva da realização pessoal.
Bom, já chega. Fim do desabafo xD
Hugz & Kisses,
Nobody's Bitcho