Só para variar um bocadinho, hoje trago-vos cinema. Um filmes francês, «Le Temps Qui Reste» - que é como quem diz, «Tempo Que Acaba». Ora, não sendo eu um grande fã do cinema francês, vi o filme com alguma relutância, não fosse o meu espanto aquando do seu final, ter sido um filme que passou para primeiríssimo lugar na lista de filmes a comprar assim que sair em DVD.
Excluindo o promenor da personagem princial ser homossexual - e de numa das cenas de amor ser bastante notório que o actor até estava "animado" (LOOL) - o filme capta as suas atenções para a morte. Não aquela morte aos 80 anos, mas sim aos 30... O melhor é deixar-vos a sinopse:
Romain (Melvil Poupaud) é um bem sucedido fotógrafo de moda que de repente vê a sua vida estável e em franca ascensão dar uma reviravolta: um cancro em fase terminal é-lhe diagnosticado. O médico prevê apenas três meses de vida para Romain que, nesse espaço de tempo, vai render-se ao inevitável fim prévio da sua existência.
Conhecido principalmente após a obra “8 Femmes”, François Ozon é daqueles realizadores que muda de estilo e temática em cada filme que faz, em “Le temps qui reste”, Ozon concentrou-se no tema da morte e nas consequências devastadoras que isso trás à pessoa que vê a sua vida acabar antes do tempo.
A personagem central do filme é um jovem que tinha tudo: uma boa casa, um emprego promissor, uma relação amorosa estável…mas de que lhe serve isso tudo quando descobre que sofre de uma doença que lhe permite viver apenas por mais uns meses? Romain, após conhecer o seu fatal diagnóstico, não faz grandes planos para desfrutar esses meses que lhe restam. Muito pelo contrário, ele pretende apenas saborear alguns prazeres simples de forma a despedir-se da vida: uma visita à sua avó (a única que sabe da sua doença), um último encontro com o namorado, um “favor” que faz a uma mulher que pretende engravidar…assim são os últimos dias de Romain.
A entrega total de Melvil Poupaud à sua personagem é bem visível. A transformação que se vai operando em Romain não é só perceptível a nível físico mas também a visualizamos através da amargura e fragilidade sentimental, que vai sofrendo dia após dia. “Le temps qui rest” é uma das melhores obras estreadas este ano em Portugal, com um tema bastante delicado e dramático como só a morte antes do tempo pode ser.
François Ozon
ResponderEliminarO nome diz tudo
Esse ainda n vi. Mas n vou perder.
Hug
Esse filme seduziu-me logo pelo título, quando o vi. Tenho-o andado a namorar na loja de vídeos, mas ainda não tive coragem de o alugar, por ser uma temática triste...
ResponderEliminarAi, confesso que esta temática, mais triste e, telavez, deprimente, me desperta muito mais a atenção que qualquer outra, parece-me um bom filme, tenho de o ver! Obrigado pela sugestão!
ResponderEliminarEu sempre fui fã de cinema francês, de música francesa e da língua em si... Vou ver este filme. =) Recomendo-te, amigo, que quando puderes alugues o Huit Femmes, vais amar... Abraço
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