sábado, outubro 07, 2006

092 - Carta ao meu primeiro amor.

Antes de mais, deixem-me dizer que o texto que vou publicar abaixo já foi publicado no meu fotolog. Além disso, trata-se de mais um texto que me apeteceu escrever... Sem destinatários, sem objectivos ou mensagens escondidas. Apeteceu-me pegar numa caneta e num papel e escrever. Nem pensei no tema... quando pousei a esferográfica no papel, parecia um robot a escrever. Este texto saíu-me naturalmente, sem qualquer tipo de esforço.

Amor... quem és tu, afinal?

Sinto ter-te amado sem nunca te ter conhecido. É verdade, isso? Será que algum dia cheguei a conhecer-te? Não sei. A sério que não sei. E tu? Conheceste-me? Sabes quem eu sou? De onde vim? Não? Bem me parecia.

Talvez já nos tivéssemos conhecido anteriormente. Talvez... não sei. Talvez tenhamos mudado muito desde então e agora já não nos reconhecemos um ao outro. Será isso? Bem... é uma hipótese. Mas não sei...

Oh meu amor. Já passou tanto e tanto tempo desde que as nossas vidas se cruzaram... Passaram-se tantas coisas. Durante todo este tempo afastado de ti, já tive muita dor no meu peito, acompanhada por tanta lágrima a escorrer-me pela face. Sim, também tive muita alegria no meu coraçãozinho palpitante. Sim, tive.

Apetecia-me contar-te tudo, tudo... Mas tu não vais querer ouvir.

Às vezes penso em ti. Em nós. Penso em tudo o que aconteceu. Recordo cada detalhe de cada momento em que estivemos juntos. Às vezes, revivo aqueles pedacinhos de tempo em que os nossos corpos se tocavam com uma intensidade tremenda, naqueles momentos loucos de amor. Aqueles momentos que para mim valiam tanto... Mas para ti, não sei. Nunca pareceste dar importância a isto.

Diz-me, amor... afinal, o que sentias por mim naqueles tempos? Diz-me a verdade, por favor. Às vezes tenho a sensação de ter sido apenas mais um corpo com quem te deitaste. Mais um corpo a quem deste e de quem tiveste prazer. É isso que represento para ti? Apenas um corpo? Um dado estatístico?

Gostava de saber se às vezes também pensas em mim. Mas será que te lembras de mim? De quem fui? Será que sabes as respostas às minhas perguntas?

Mas amor... queres mesmo saber o porquê desta carta? Queres? Eu explico: porque bem lá no fundo eu ainda te amo e julgo que serás sempre o amor da minha vida. Aconteça o que acontecer, mesmo que eu venha a amar outros corpos, outras almas. Tu serás sempre o “tal” amor – o primeiro. Aquele que nunca se esquece.


Hugz & Kisses,
Nobody's Bitcho

P.S. - A título de curiosidade, a meio do texto tive que recorrer ao telemóvel para iluminar o papel, porque a luz foi-se abaixo durante um bocado...

3 comentários:

  1. Another sad story :(

    Deve ser terrível apercebermo-nos que somos usados por aquele que amamos ...

    abraços

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  2. É certo que ao inicio podes nao ter tido nenhum destinatario... Mas apartir de certa altura começaste a pensar em alguem em particular.. =/

    Um Abraço
    Gostei!

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  3. Concordo com o me&myself. Se ao ler, penso em alguem concretamente, de certeza que ao escrever estavas com alguém em mente.

    Penso nisso em que falas no texto todos os dias, especialmente o último parágrafo. Ás vezes sinto-me bem com isso, acho positivo; outras fico quase melancólico. Acho que ainda não aprendi a lidar com a situação.

    Ui isso agora deu-me ideias para um post no meu blog. LOLOL

    abraço! ;)

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